A história da contabilidade no Brasil principia com as preocupações dos povos indígenas do Brasil quando ao controle do seu patrimônio de recursos naturais (caça, pesca, coleta, plantações de mandioca e milho etc.). Prossegue com o gerenciamento das atividades econômicas introduzidas pelos colonizadores europeus a partir do século 16 (extração do pau-brasil, plantio de cana-de-açúcar e fabricação de açúcar, mineração etc.) e com as atividades econômicas do Brasil independente a partir de 1822 (cultivo do café, industrialização etc.).
Com o início da colonização portuguesa do Brasil, no século 16, chegaram, ao país, os provedores da fazenda, que eram responsáveis pela escrituração contábil do governo colonial. Em 1808, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, dom João VI publicou um alvará obrigando todos os contadores gerais da Real Fazenda a aplicarem o método das partidas dobradas na escrituração mercantil. Na mesma época, se iniciou o ensino contábil no país, com a introdução da disciplina "Aula de Comércio da Corte".
Em 1850, o Código comercial do Brasil determinou a obrigatoriedade da escrituração contábil e a elaboração anual da demonstração do balanço geral. Em 1888, a escravidão foi abolida no país através da Lei Áurea: com isso, os escravos deixaram de constar nos balanços como ativos. Em 1902, com a criação da Escola de Comércio Álvares Penteado em São Paulo, o país adotou a escola europeia de contabilidade: basicamente, a italiana e a alemã. Grandes nomes brasileiros na linha italiana seriam Carlos de Carvalho, Francisco D'Auria e Frederico Herrmann Júnior. Em 1927 foi organizado o Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade , marco histórico no sentido de se tentar padronizar e uniformizar a contabilidade brasileira por iniciativa dos próprios profissionais, tendo havidos outros desses eventos nos anos seguintes.
Em 1931, o decreto 20.158 organizou o ensino comercial e regulamentou a profissão contábil. Em 1940, o decreto 2.627 constituiu-se na primeira Lei das Sociedades por Ações do país.
Em 1945, a profissão contábil foi considerada carreira universitária. Em 1946, foram criados o Conselho Federal de Contabilidade e os conselhos regionais de contabilidade. No mesmo ano, com a criação da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, a escola estadunidense de contabilidade foi introduzida no país. Tal escola passou a predominar, contudo, somente no início da década de 1970, com o lançamento do livro Contabilidade Introdutória por uma equipe de professores dessa faculdade. Em 1976, a lei 6.404 (Lei das Sociedades por Ações) adotou a filosofia da escola estadunidense.
Em 1998, a Lei Pelé determinou o fim da posse pelos clubes de futebol do passe dos jogadores.Até então, os clubes que detinham o passe de um jogador o consideravam um ativo do clube.
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